segunda-feira, 17 de março de 2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

FREI IGNÁCIO LARRAÑAGA



Frei Ignácio Larrañaga : O Profeta da Oração

Fundador das Oficinas de Oração e Vida, Frei Ignácio Larrañaga, 79, comemora em 2007, 55 anos de sacerdócio. Nascido em Loyola (Espanha), mesma terra natal de santo Inácio, de quem herdou o nome, Larrañaga ordenou-se como sacerdote franciscano-capuchinho e, não, como jesuíta. Começou a escrever aos 45 anos. Chamado de Profeta da Oração é conhecido em todo o mundo como o criador dos Encontros de Experiência de Deus, iniciados em 1974 no Brasil, o que resultou na criação das Oficinas de Oração e Vida, em 1984. Ele já escreveu 16 livros, e atualmente reside em Santiago (Chile). Há mais de 33 anos, percorre o Mundo evangelizando e animando as comunidades, um trabalho que aproxima as pessoas de Deus. Nesta entrevista ele nos revela porque as oficinas de oração transmite a mais pura espiritualidade de Deus.

(Por Pedrinho Botaro)


A Boa Notícia: Frei Ignácio qual foi o primeiro toque, a primeira experiência que desabrochou em sua tão vibrante vocação?

Larranãga: Bem isto aconteceu na minha vida quando eu tinha mais ou menos trinta e dois anos. Aconteceu num momento que eu tinha, não sei por quais motivos, algum desgosto e que eu não conseguia dormir. Aí saía à janela para ver as estrelas e repentinamente me tomou, e é isto que agora não se pode explicar, a gente não sabe se é uma onda do mar, se realmente é um dilúvio, ou é uma maré que se dá de presença, de alegria, de paz, de fortaleza, de lágrimas, lágrimas e lágrimas. Depois eu reflexionei sobre isto muito mais tarde, e coloquei umas certas características para poder descrever como foi aquilo. Primeiramente uma experiência propriamente tal e repentina. Isto é, instantânea quase. Em segundo lugar, uma experiência desproporcional para a preparação que eu tinha, porque nesse momento eu não tinha nenhuma preparação e venho repentinamente. Em terceiro lugar, a percepção sensorial de que aquilo não é um produto das faculdades psicológicas que em combinações desconhecidas realizam efeitos misteriosos. Não foi nada disso. Evidentemente foi algo que vinha de fora para dentro, infundindo se ou invadindo de maneira que seja desde o exterior para o interior, e finalmente uma experiência repentina, vivíssima e marcante. E se pode dizer que a partir daí tudo mudou a visão da vida, os projetos da existência, e os dezesseis livros que eu escrevi depois, são de alguma maneira um reflexo daquela vivência naquela noite. E não se repetiu mais. Isto é uma das características da classe de experiência que geralmente acontece uma vez, mas vai influenciando durante toda a vida até a morte. E tudo que eu fiz desde então que são já, perto de quarenta anos, é de alguma maneira um efeito longínquo da vivência especial, eu diria, espetacular daquela noite inesperada.

A Boa Notícia: Qual é o carisma das Oficinas de Oração e Vida ?

Larranãga: Bem, as Oficinas de Oração e Vida em primeiro lugar são o que hoje em dia chamamos de uma nova evangelização. O Santo Padre João Paulo II e o Cardeal Joseph Ratizinger naquele tempo, isto é faz dez anos, falava muito da nova evangelização e colocaram nas características mais ou menos concretas desta nova evangelização e se pode dizer que as oficinas de alguma maneira são um reflexo destas características. Primeiramente isso. Em segundo lugar existem outras características daquilo que o Santo Padre queria. Primeiramente nós ensinamos a orar de uma maneira ordenada, metódica, sistemática, e sobretudo de uma maneira experimental e prática. E isto desde os primeiros passos até a contemplação transformante. Em segundo lugar existe através da reconciliação universal uma profunda purificação de todas as mágoas, feridas, tristezas e agonias mentais. A gente vai eliminando lentamente tudo isto mediante a uma oração especial: a oração de abandono. E ao longo de um tempo nós vamos sarando, curando as feridas da alma, até obter o que nós chamamos de paz. Mas a paz bíblica. Isto é, a presença de todo o bem e a ausência de todo mal. Presença de todo bem quer dizer liberdade, gosto de viver, alegria, segurança, todos esses elementos, e toda ausência do mal quer dizer longe das penas, o que nós chamamos de temores, ansiedades, angustias e agonias. Tudo isso desaparece. E nós promovemos essa paz profundamente enquanto vamos sarando todas as feridas da vida. A terceira característica é o processo de santificação cristificante. Nós colocamos Jesus Cristo como modelo de vida, só com uma pergunta: o que faria Jesus no meu lugar? E vamos insistentemente, quase obsessivamente, ser humildes como Jesus, ser pacientes, ser dóceis, e sobre tudo amar como Jesus amou. E tudo isso é um programa de conversão sincera que vai prolongando não somente durante o tempo que dura a oficina, mas ao longo da vida. Finalmente nós insistimos que, amigos de Jesus Cristo são apóstolos de Jesus Cristo. E isso nós entregamos aos oficinistas, nas mãos das paróquias, dos párocos, para que possam realizar verdadeiramente um trabalho apostólico concreto nas suas paróquias. E então essa dimensão apostólica é a última conclusão destas Oficinas de Oração e Vida.

A Boa Notícia: O senhor comentava que um dos carismas é a busca pela paz, como tem sido feito este trabalho das oficinas pelo Mundo?

Larranãga: Mundialmente nós somos um serviço quase desaparecido, isto é, silencioso e humilde, mas eficaz. Nós vamos levando os grupos de pessoas que chegam até nós de uma maneira sistemática, ordenada, eficaz e metódica. Nós não fazemos uma difusão espetacular, tudo vai de boca em boca. Os que são convertidos chamam outras pessoas, e desta maneira lentamente se vai realizando um grupo de pessoas que, silenciosamente, são cada vez mais semelhantes a Jesus e realizam um programa de amor em toda a sua dimensão particularmente aos não amados. Todos os que chegam vivem durante quatro meses uma tarefa sistemática e organizada não somente quando se reúnem, mas durante toda a semana, porque nós damos a cada dia, textos bíblicos e métodos para caminhar e praticar em busca da transformação cristificante.

A Boa Notícia: Como foi a aprovação da Santa Sé, por parte do Papa João Paulo II em relação às Oficinas ocorrido em 2002?

Larrañaga: Naturalmente nós iniciamos há vinte anos este serviço eclesial e pensamos que uma vez que já era um serviço muito estendido e com grandes efeitos na vida das pessoas pensamos em pedir a benção e aprovação da Santa Sé. Eles, no Vaticano, começam a pedir primeiramente todas as obras do fundador, que neste caso sou eu, então todas as minhas obras, meus livros e meus escritos primeiramente passa por todos os discatérios, inclusive o cardeal Ratizinger e a Congregação da Fé, depois nós temos que pedir a todos os bispos e párocos que nos conhecem que enviem uma impressão ao Vaticano. Foi isso que aconteceu, ao princípio nos colocaram como dúvida, mas o fato é que, no entanto, chegaram perto de três mil testemunhos de sacerdotes e bispos. Estes eram altíssimos, elogiosos e nenhum deles tinha nada contra o movimento. Então no Vaticano eles disseram: “isto já esta aprovado pela Igreja porque tantos testemunhos que vêm vindo de quatro continentes e ninguém coloca uma reserva a respeito deste serviço isto praticamente já esta aprovado”. Nos deram a aprovação em sete meses, quando essas coisas demoram cinco, seis, sete, quinze, vinte anos muitas vezes. Disseram a mim que eu escolhesse o dia em que se entregaria a aprovação e eu lhes pedi que a assinatura fosse colocada no dia 4 de outubro, dia de são Francisco meu fundador, e que nós iríamos receber a documentação no dia 15 de outubro, dia de Santa Tereza D’Avila, doutora em oração. E assim aconteceu com a alegria de todo mundo por um tempo de cinco anos. Isto era em 1997 e no ano 2002 nos entregaram a aprovação definitiva.

A Boa Notícia: Como o Papa Bento XVI avalia as oficinas hoje ?

Larrañaga: Ele também participou um pouquinho da aprovação, pois meus escritos chegaram em sua mão. Eu não digo que ele tivesse lido tudo, mas apenas uma parte para poder dizer que isto não tem nada contra o dogma da doutrina da Igreja. Se houvesse algum erro ou heresia ele assinalaria. Não somente nos livros, mas também nos estatutos. Me chama a atenção o fato que Bento XVI muitas vezes fala em ensinar a orar ao povo, e nós o que fazemos é isso. Inclusive, ele disse que um programa pastoral se não existe um momento, para ensinar a orar o povo, não seria muito válido. Quando foi consagrado Santo Padre eu enviei, de parte das oficinas, uma cartinha de felicitação. Ele respondeu, e a sétima carta escrita por Bento XVI desde que assumiu o Pontificado foi para mim dizendo que havia recebido e que estava muito contente.

A Boa Notícia: Qual mensagem o senhor deixa para todos os leitores do Jornal A Boa Notícia?

Larrañaga: Deixem-se amar por Deus. Porque nós fomos formados numa religião com um pouquinho de temor, culpa, castigo e todas essas coisas que bloqueiam o amor gratuito e eterno de Deus. Então eu diria deixem se amar por Deus e ele fica velando seu sono, e de dia ele lhes acompanha onde quer que vocês vão. Realmente se ele é todo poderoso e também todo carinhoso, e se com essas mãos sustenta o Universo, é nessas mãos que ele leva o meu nome escrito, o de vocês e de todos os filhos. Quando a gente se preocupa dizendo estou só no mundo, o Pai responde por um profeta: “Eu estou contigo, não tenhas medo”. Quando a gente se queixa dizendo: “não sei se desde que morreu minha mãe, alguém me quer, de verdade, nesse mundo”, o Pai responde: “eu o quero muito e levo você carinhosamente sobre as sombras de minhas asas”. Tudo isso além do mais é gratuito, isto não é questão de que eu seja justo ou pecador. O Pai me ama porque me ama, porque ele é meu Pai e eu sou seu filho. Me ama sem um porque, sem um para que, sem nenhum interesse, sem nenhuma condição, sem nenhuma utilidade. Ele me ama gratuitamente, mereça ou desmereça Deus, nós somos amados gratuitamente por nosso querido Pai. Esta é a grande notícia trazida por nosso Senhor Jesus Cristo. Eu diria a grande revolução dentro dos conceitos de Deus sobre o Antigo Testamento. Esta é a novidade revolucionária e profunda trazida por Jesus, a questão é experimentar essa ternura e esse amor e desta maneira sentir-se livres e gozozos em fazer felizes os demais.


Fonte: Entrevista exclusiva do Frei Ignácio Larrañaga ao jornalista Pedrinho Botaro para o jornal "A Boa Notícia"

quinta-feira, 6 de março de 2008

Como morreu Jesus!


Médico legista dos EUA faz uma inédita autópsia de Cristo e explica, cientificamente, o que ocorreu em seu corpo durante o calvário.
RELIGIÃO: “Em nenhum momento meu livro contradiz as escrituras. Os meus estudos só reforçaram a minha fé em Deus”, diz o legista Zugibe!



CALVÁRIO: Após a sua condenação, Jesus enfrenta 18 horas de tortura até morrer na cruz!


De duas, uma: sempre que a ciência se dispõe a estudar as circunstâncias da morte de Jesus Cristo, ou os pesquisadores enveredam pelo ateísmo e repetem conclusões preconcebidas ou se baseiam exclusivamente nos fundamentos teóricos dos textos bíblicos e não chegam a resultados práticos.

O médico legista americano Frederick Zugibe, um dos mais conceituados peritos criminais em todo o mundo e professor da Universidade de Columbia, acaba de quebrar essa regra. Ele dissecou a morte de Jesus com a objetividade científica da medicina, o que lhe assegurou a imparcialidade do estudo. Temente a Deus e católico fervoroso, manteve ao longo do trabalho o amor, a devoção e o respeito que Cristo lhe inspira. Zugibe, 76 anos, juntou ciência e fé e atravessou meio século de sua vida debruçado sobre a questão da verdadeira causa mortis de Jesus. Escreveu três livros e mais de dois mil artigos sobre esse tema, todos publicados em revistas especializadas, nos quais revela como foi a crucificação e quais as conseqüências físicas, do ponto de vista médico, dos flagelos sofridos por Cristo durante as torturantes 18 horas de seu calvário. O interesse pelo assunto surgiu em 1948 quando ele estudava biologia e discordou de um artigo sobre as causas da morte de Jesus. Desde então, não mais deixou de pesquisar e foi reconstituindo com o máximo de fidelidade possível a crucificação de Cristo.

Nunca faltaram, através dos séculos, hipóteses sobre a causa clínica de sua morte. Jesus morreu antes de ser suspenso na cruz? Morreu no momento em que lhe cravaram uma lança no coração? Morreu de infarto? O médico legista Zugibe é categórico em responder “não”. E atesta a causa mortis: Jesus morreu de parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluidos corpóreos (choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos castigos físicos a ele infligidos. Para se chegar a esse ponto é preciso, no entanto, que antes se descreva e se explique cada etapa de seu sofrimento.

Zugibe trabalhou empiricamente. Ele utilizou uma cruz de madeira construída nas medidas que correspondem às informações históricas sobre a cruz de Jesus (2,34 metros por 2 metros), selecionou voluntários para serem suspensos, monitorou eletronicamente cada detalhe – tudo com olhos e sentidos treinados de quem foi patologista-chefe do Instituto Médico Legal de Nova York durante 35 anos. As suas conclusões a partir dessa minuciosa investigação são agora reveladas no livro A crucificação de Jesus – as conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal, recém-lançado no Brasil (Editora Idéia e Ação, 455 págs., R$ 49,90). “Foi como se eu estivesse conduzindo uma autópsia ao longo dos séculos”, escreve o autor na introdução da obra. Trata-se de uma viagem pela qual ninguém passa incólume – sendo religioso, agnóstico ou ateu. O ponto de partida é o Jardim das Oliveiras, quando Jesus se dá conta do sofrimento que se avizinha: condenação, açoitamento e crucificação. Relatos bíblicos revelam que nesse momento “o seu suor se transformou em gotas de sangue que caíram ao chão”. A descrição (feita pelo apóstolo Lucas, que era médico) condiz, segundo o legista, com o fenômeno da hematidrose, raro na literatura médica, mas que pode ocorrer em indivíduos que estão sob forte stress mental, medo e sensação de pânico. As veias das glândulas sudoríparas se comprimem e depois se rompem, e o sangue mistura-se então ao suor que é expelido pelo corpo.
DEPOIS DA CRUZ: Jesus morreu de parada cardiorrespiratória!

Fala-se sempre das dores físicas de Jesus, mas o seu tormento e sofrimento mental, segundo o autor, não costumam ser lembrados e reconhecidos pelos cristãos: “Ele foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força física até a exaustão total.” Zugibe cita um trecho das escrituras em que um apóstolo escreve: “Jesus caiu no chão e orou.” Ele observa que isso é uma indicação de sua extrema fraqueza física, já que era incomum um judeu ajoelhar-se durante a oração. A palidez com que Cristo é retratado enquanto está no Jardim das Oliveiras é um reflexo médico de seu medo e angústia: em situações de perigo, o sistema nervoso central é acionado e o fluxo sangüíneo é desviado das regiões periféricas para o cérebro, a fim de aguçar a percepção e permitir maior força aos músculos. É esse desvio do sangue que causa a palidez facial característica associada ao medo. Mas esse era ainda somente o começo das 18 horas de tortura. Após a condenação, Jesus é violentamente açoitado por soldados romanos por ordem de Pôncio Pilatos, o prefeito de Judéia.

Para descrever com precisão os ferimentos causados pelo açoite, Zugibe pesquisou os tipos de chicotes que eram usados no flagelo dos condenados. Em geral, eles tinham três tiras e cada uma possuía na ponta pedaços de ossos de carneiro ou outros objetos pontiagudos. A conclusão é que Jesus Cristo recebeu 39 chibatadas (o previsto na chamada Lei Mosaica), o que equivale na prática a 117 golpes, já que o chicote tinha três pontas. As conseqüências médicas de uma surra tão violenta são hemorragias, acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. A vítima também sofre tremores e desmaios. “A vítima era reduzida a uma massa de carne, exaurida e destroçada, ansiando por água”, diz o legista.

Ao final do açoite, uma coroa de espinhos foi cravada na cabeça de Jesus, causando sangramento no couro cabeludo, na face e na cabeça. Também nesse ponto do calvário, no entanto, interessa a explicação pela necropsia. O que essa coroa provocou no organismo de Cristo? Os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores lancinantes quando são irritados. A medicina explica: é o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás. As dores do trigêmeo são descritas como as mais difíceis de suportar – e há casos nos quais nem a morfina consegue amenizá-las.

Em busca de precisão científica, Zugibe foi a museus de Londres, Roma e Jerusalém para se certificar da planta exata usada na confecção da coroa. Entrevistou botânicos e em Jerusalém conseguiu sementes de duas espécies de arbustos espinhosos. Ele as plantou em sua casa, elas brotaram e cresceram. O pesquisador concluiu então que a planta usada para fazer a coroa de espinhos de Jesus foi o espinheiro- de-cristo sírio, arbusto comum no Oriente Médio e que tem espinhos capazes de romper a pele do couro cabeludo. Após o suplício dessa “coroação”, amarraram nos ombros de Jesus a parte horizontal de sua cruz (cerca de 22 quilos) e penduraram em seu pescoço o título, placa com o nome e o crime cometido pelo crucificado (em grego, crucarius). Seguiu-se então uma caminhada que os cálculos de Zugibe estimam em oito quilômetros. Segundo ele, Cristo não carregou a cruz inteira, mesmo porque a estaca vertical costumava ser mantida fora dos portões da cidade, no local onde ocorriam as crucificações. Ele classifica de “improváveis” as representações artísticas que o mostram levando a cruz completa, que então pesaria entre 80 e 90 quilos.
Ao chegar ao local de sua morte, as mãos de Jesus foram pregadas à cruz com pregos de 12,5 centímetros de comprimento. Esses objetos perfuraram as palmas de suas mãos, pouco abaixo do polegar, região por onde passam os nervos medianos, que geram muita dor quando feridos. Já preso à trave horizontal, Cristo foi suspenso e essa trave, encaixada na estaca vertical. Os pés de Jesus foram pregados na cruz, um ao lado do outro, e não sobrepostos – mais uma vez, ao contrário do que a arte e as imagens representaram ao longo de séculos. Os pregos perfuraram os nervos plantares, causando dores lancinantes e contínuas.
Preso à cruz, Cristo passou a sofrer fortes impactos físicos. Para conhecê-los em detalhes, o médico legista reconstituiu a crucificação com voluntários assistidos por equipamentos médicos. Os voluntários tinham entre 25 e 35 anos e o monitoramento físico incluiu eletrocardiograma, medição da pulsação e da pressão sangüínea. Eletrodos cardíacos foram colados ao peito dos voluntários e ligados a instrumentos para testar o stress e os batimentos cardíacos. Todos os voluntários observaram que era impossível encostar as costas na cruz. Eles sentiram fortes cãibras, adormecimento das panturrilhas e das coxas e arquearam o corpo numa tentativa de esticar as pernas.

A partir desse derradeiro, corajoso e ousado experimento realizado por Zugibe, ele passou a discutir o que causou de fato a morte de Cristo. Analisou três teorias principais: asfixia, ruptura do coração e choque traumático e hipovolêmico – por isso a importância médica e fisiológica de se ter descrito, anteriormente e passo a passo, o processo de tortura física e psíquica a que Jesus foi submetido. A teoria mais propagada é a da morte por asfixia, mas ela jamais foi testada cientificamente. Essa hipótese sustenta que a posição na cruz é incompatível com a respiração, obrigando a vítima a erguer o corpo para conseguir respirar. O ato se repetiria até a exaustão e ele morreria por asfixia quando não tivesse mais forças para se mover. Defende essa causa mortis o cirurgião francês Pierre Barbet, que se baseou em enforcamentos feitos pelo Exército austro-germânico e pelos nazistas no campo de extermínio de Dachau. Zugibe classifica essa tese de “indefensável” sob a perspectiva médica. Os exemplos do Exército ou do campo de concentração não valem porque os prisioneiros eram suspensos com os braços diretamente acima da cabeça e as pernas ficavam soltas no ar. Não é possível comparar isso à crucificação, na qual o condenado é suspenso pelos braços num ângulo de 65 a 70 graus do corpo e tem os pés presos à cruz, o que lhe dá alguma sustentação. Experimentos feitos com voluntários atados com os braços para o alto da cabeça mostraram que, em poucos minutos, eles ficaram com capacidade vital diminuída, pressão sangüínea em queda e aumento na pulsação. O radiologista austríaco Ulrich Moedder também derruba o raciocínio de Barbet afirmando que esses voluntários não suportariam mais de seis minutos naquela posição sem descansar. Pois bem, Jesus passou horas na cruz.
Quanto à hipótese de Cristo ter morrido de ruptura do coração ou ataque cardíaco, Zugibe alega ser muito difícil que isso ocorra a um indivíduo jovem e saudável, mesmo após exaustiva tortura: “Arteriosclerose e infartos do miocárdio eram raros naquela parte do mundo. Só ocorriam em indivíduos idosos.” Ele descarta a hipótese por falta de provas documentais. Prefere apostar no choque causado pelos traumas e pelas hemorragias. A isso somaram-se as lancinantes dores provenientes dos nervos medianos e plantares, o trauma na caixa torácica, hemorragias pulmonares decorrentes do açoitamento, as dores da nevralgia do trigêmeo e a perda de mais sangue depois que um dos soldados lhe arremessou uma lança no peito, perfurando o átrio direito do coração. Zugibe usa sempre letras maiúsculas nos pronomes que se referem a Jesus e se vale de citações bíblicas revelando a sua fé. Indagado por ISTOÉ sobre a sua religiosidade, ele diz que os seus estudos aumentaram a sua crença em Deus: “Depois de realizar os meus experimentos, eu fui às escrituras. É espantosa a precisão das informações.”

Ao final dessa viagem ao calvário, Zugibe faz o que chama de “sumário da reconstituição forense”. E chega à definitiva causa mortis de Jesus, em sua científica opinião: “Parada cardíaca e respiratória, em razão de choque traumático e hipovolêmico, resultante da crucificação.”

terça-feira, 4 de março de 2008

Oficinas de Oração e Vida!


OFICINAS DE ORAÇÃO E VIDA - JOVENS

EM BUSCA DE UM TESOURO
O inspirador e organizador dos TOV é o Frei Ignácio Larrañaga, nascido na Espanha, sacerdote franciscano, capuchinho, sob cuja orientação se formaram e seguem formando-se todos os Guias do mundo.
Com o intuito de oferecer uma visão geral das Oficinas de Oração e Vida é possível afirmar que o método apresentado em dez sessões, reconhecido e aprovado pela Santa Sé, segundo Decreto do Conselho Pontifício para os leigos, constitui-se de três aspectos básicos: Oração, Vida e Evangelização.

Baseada no AMOR e no que este é capaz de realizar, não no temor nem no castigo.

Oficina de Oração:
Como em uma Oficina, orando se aprende a orar, com uma pedagogia prática e experimental. Paulatina e progressivamente se aprende a entrar na relação pessoal, íntima e profunda, com o Senhor, de uma maneira variada e evolutiva.
Oficina de Vida:
Não é só Oração mas experimentalmente ensina-se a: livrar seu mundo interior de medos, inseguranças, complexos, e tristezas, ao tempo em que vai adquirindo fortaleza psíquica, sentido da vida e alegria de viver.
Porém o objetivo fundamental que persegue a Oficina é que o jovem fica deslumbrado e seduzido por Jesus Cristo porque, com efeito, a Oficina de jovens é, quase exclusivamente, uma contemplação ardente de Jesus em seus mil rostos, de tal maneira que o jovem volta à vida como testemunha da Ressurreição, revestido de paciência, valentia e fortaleza de Jesus.

Evangelização:
As Oficinas, nova forma de Evangelização, têm uma apresentação mais vibrante e ativa de Jesus, que transforma o jovem em amigo e apóstolo, participando diretamente da missão profética e régia de Cristo Jesus.
Depois de ter "visto e ouvido o Senhor”, tendo sido seduzido e se “enamorado” por Jesus, não há alternativa igual, senão como no caso dos Apóstolos, sair pelo mundo como testemunhas da Ressurreição. Como gostaríamos de fazer de cada Oficina um viveiro de vocações apostólicas!

Características:
A Juventude TOV, deve-se ter em conta os seguintes pontos, os quais consideramos importantes:

• A Oficina se distingue por: rigorosa pontualidade; ordem estrita; e muita disciplina. A Sessão não se transformará em uma reunião divertida. Mas Sessões de estudo e trabalho.
Serviço Aberto - assistido por simples cristãos, catequistas, agentes de Pastorais, militantes de grupos eclesiais, afastados da Igreja, excluídos dos sacramentos ...
Serviço Limitado - A Oficina para jovens consta de dez Sessões; uma Sessão por semana, de aproximadamente duas horas.
Terminadas as 10 sessões, damos por cumprido o nosso objetivo e nos retiramos
• O número ideal de assistentes é entre 15 e 25 jovens, embora este número possa ser maior ou menor.
• A Oficina compromete o jovem em três dimensões:
- com Deus; - consigo mesmo; e - com os demais.
• Em cada Sessão há duas linhas fundamentais:
- uma descendente - Deus fala ao homem;
- e outra, ascendente - o homem fala a Deus.

• A que jovens se oferece o serviço da Oficina?
R= A experiência ensina que a Oficina, pela sua estrutura e conteúdo, não é instrumento adequado para os pré-adolescentes. Entretanto, também está demonstrado que – sempre falando no geral – nosso serviço produz resultados positivos com jovens de 17 anos em diante. Obviamente, cabem muitas exceções.

As Oficinas são dirigidas por um Guia cuja missão é a implantar o Deus vivo nos corações, e ao mesmo tempo abrir um manancial de paz, fortaleza e de alegria neste mesmos corações.
À frente dos Guias há uma Coordenação Local, cuja função é autorizar, organizar e controlar a marcha das Oficinas. À Frente das Coordenações Locais estão as Coordenações Nacionais, e à frente dessas as Zonais (vários países) e Internacional.


“O discípulo fundamentado na rocha da Palavra de Deus, se sente impulsionado a levar a boa nova da Salvação a seus irmãos”. (Papa Bento XVI)

segunda-feira, 3 de março de 2008

ORAÇÃO PELA PAZ

Senhor!
Enche de esperança o meu coração e de doçura os meus lábios!
Põe em meus olhos a luz que acaricia e purifica, em minhas mãos, o gesto que perdoa.
Dá-me valentia para a luta, compaixão para as injúrias, misericórdia para a ingratidão e a injustiça.
Livra-me da inveja e da ambição mesquinha, do ódio e da vingança.
E que, quando eu voltar hoje para o calor de minha cama, possa, no mais íntimo de meu ser, sentir que estás presente.
AMÉM!! (Frei Ignácio Larrañaga)

Paz e Bem!

Maria, Mãe de Jesus e Nossa!

Hoje quando resolvi postar uma mensagem, imediatamente pensei em Maria Santíssima.

Minha mãe, que é Maria, sempre me relembrava, quando ainda criança, que ao ser batizada o padre pediu-lhe que fosse dado um nome santo à criança. Minha mãe já tinha me registrado, então escolheu naquele momento do batismo Junice Maria, mas somente lá na Igreja no interior mineiro, é que sou a Junice Maria.

Cresci rodeada de "Marias". Além de minha mãe Maria, minhas duas avós também eram chamadas Maria, minha tia materna a qual eu tive o prazer de conviver como se filha fosse Luzia Maria, e todas as outras cinco tias maternas trazia como segundo nome Maria.
Resumindo qdo minha filha nasceu, gostaria de ter lhe dado o primeiro nome Maria, mas satisfazendo o vontade de meu marido que gostaria de homenagear sua avó materna, o nome de minha filha ficou sendo Beatriz Maria. Tenho portando uma gratidão, um amor infinito à nossa Mãe Maria Santíssima que sempre esteve, diretamente e indiretamente, comigo, me protegendo e intercedendo junto à Jesus meu Salvador, e com certeza sua presença materna será guia neste blog.
"Meu amado Pai, eu te louvo e te agradeço por ter me dado Maria, Mãe Santíssima, como exemplo de mulher, esposa, mãe e discípula de seu Filho Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém"